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Congruência de valores no ambiente corporativo

Toda empresa é um organismo vivo e, portanto, dinâmico. Gareth Morgan, professor e consultor que criou o conceito de “Metáfora Organizacional” já dizia que o mundo corporativo constitui um sistema aberto que não tem como sobreviver sem as trocas com o meio em que estão inseridos. Formada de pessoas e movida por elas, toda empresa tem uma cultura. A questão é saber se essa cultura está sendo bem conduzida e se a empresa faz uma boa ou má gestão dessa cultura.

Essa boa gestão implica no alinhamento dos valores dessa instituição, seus atributos de marca e verdades internas com as mensagens que ela projetada para fora. O discurso e atitudes internas conversam com sua postura ética, posicionamento diante dos interlocutores e público interno de forma coerente? Sem esse ambiente harmônico fica difícil atingir e sustentar um resultado positivo.

É na base de uma cultura bem estruturada e fortalecida que se forma um time com aderência aos valores de uma empresa. As pessoas percebem se há coerência entre o que a empresa prega e o que pratica. Quando isso existe, elas sentem-se integradas, motivadas a entregarem o seu melhor; se dedicam e comprometem-se com os resultados de forma espontânea. Empresas com cultura clara e equipes alinhadas, alcançam melhores resultados porque os colaboradores, de forma geral, escolheram estar ali, sentem-se pertencentes àquela organização.

É mais que engajamento. É uma construção de valores de forma integrada, onde as pessoas se reconhecem no que produzem. Quando um serviço ou artigo chega às ruas, os colaboradores enxergam nele a sua própria assinatura e sentem-se recompensadas e reconhecidas no seu esforço e no seu trabalho. Empresas que atuam dessa forma têm espaço para a diversidade. Ter colaboradores alinhados aos seus propósitos não significa formar um exército de iguais. É na pluralidade que se desenvolve o debate positivo e se constrói a essência dos valores, porque o mundo lá fora também é diverso e plural.

A escolha dos profissionais, missão delicada que requer uma área de RH bastante madura e atenta a esses movimentos, passa pela escolha de talentos com bom repertório pessoal e que tenha afinidade com essa essência de valores que a empresa traz em seu DNA.

São esses colaboradores que farão diferença nos momentos de desafio. Eles se identificam com a empresa onde atuam e por isso se engajam, entregam mais e, consequentemente, se orgulham de fazer parte daquele projeto.

Sergio Piza – Sócio conselheiro da Simbiose.

Fonte: Administradores