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Brexit agrega incerteza no curto prazo no mercado brasileiro, diz técnico do BC

A saída do Reino Unido da União Europeia agrega incertezas no curto prazo ao mercado brasileiro, mas o Banco Central (BC) está preparado para essa situação, afirmou no dia 24 de junho o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.

“É possível que a gente observe oscilações nos preços de ativos, como, de fato, já tem observado nos mercados. Cabe reiterar que o Banco Central está preparado para situações dessa natureza”, disse Maciel.

De acordo com Maciel, o regime de câmbio flutuante, com cotações definidas no mercado, tem se mostrado exitoso “em contextos dessa natureza”.

“O mercado financeiro do país é robusto. Os indicadores de liquidez são bastante positivos, o nível de reservas do país é superior a US$ 350 bilhões, há baixa exposição ao exterior em termos financeiros. Isso tudo contribui para que o país possa enfrentar essa situação”, acrescentou.

Sobre as exportações e importações, Maciel disse que apenas 1,5% do comércio do Brasil é feito com o Reino Unido. “O impacto no curto prazo é limitado. A gente prevê mudanças muito graduais nesse processo de saída.”

Mais cedo, o BC divulgou nota dizendo que está monitorando continuamente, nos mercados global e doméstico, os efeitos da decisão dos britânicos de deixar a União Europeia.

Em plebiscito realizado no dia 23 de junho, cidadãos britânicos decidiram, por maioria de 52%, a saída do Reino Unido da União Europeia. O resultado da consulta foi divulgado nas primeiras horas da manhã de hoje.

Em declaração ao país, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou que renunciará ao cargo. Cameron, que deve deixar o posto em outubro, sempre se manifestou a favor da permanência do Reino Unido no bloco europeu e, durante os meses que antecederam a consulta popular, afirmou que o Brexit – união das palavras Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída, em inglês) – poderia trazer graves consequências econômicas para o país.

Fonte: Agência Brasil